Margarida
Fez o 11ºano com uma excelente média num colégio de freiras muito exigente. Habituada a uma família de classe alta, nunca passou dificuldades nem conhece o “mundo real”. É uma rapariga cheia de força que transmite coragem às pessoas que estão à sua volta. Tem um magnetismo único que faz com que todos a admirem. Não se sente bem na pele de menina rica e mimada e deseja ser ela própria e não a menina que os pais querem que seja. Margarida quer descobrir-se a ela mesma. Procura sempre aperfeiçoar-se e é humilde o suficiente para aceitar criticas. A família tem grandes expectativas em relação ao seu futuro e todos estão certos que vai seguir a tradição da família e tornar-se uma grande médica, mas na realidade Margarida quer ser cantora. Por isso, no dia em que entra na D. Sebastião deixa os pais em choque.
Rui
Estuda no 12º ano e o seu maior desejo é triunfar na música e conseguir um curso em Londres para isso. É um rapaz giro que se veste num estilo “cool”, mas um pouco “rufia”. Adora o seu carro com decoração Kitsch e os seus amigos também adoram, pedem-lhe constantemente boleia. Tem um pai ausente, o que o deixa muito decepcionado, mas vê na mãe a sua grande companheira. É um rapaz correcto, honesto e independente. É bom companheiro e um comunicador nato. Flash é o seu melhor amigo, mas geralmente todas as pessoas gostam dele.
Adora cantar e tocar guitarra. Para isso criou uma banda de garagem com Leo e Flash. Inscreveu-se na Escola de Artes performativas para ter mais possibilidades para conseguir atingir esse objectivo. Faz alguns “biscates” e alguns concertos com a banda para ter “pocket money”.
Leo
Terminou o 11º ano, mas não faz grande questão de continuar os estudos. É por mero acaso que entra na escola D. Sebastião, visto que o júri fica impressionado com os seus dotes de baterista (na audição de RUI) e propõem que ele também seja aluno da escola. Toca bateria sempre que pode. Oriundo de uma família de classe baixa, é vizinho de Rui e de Flash, os seus melhores amigos. Tal como eles também cresceu com dificuldades e no meio de um bairro onde é preciso crescer depressa. Se não podes vencê-los junta-te a eles, e foi o que Leo fez, ao ter de ser amigo dos jovens delinquentes do bairro, para não ser ele próprio uma vítima. Nunca tem dinheiro nos bolsos e o pouco que ganha é quando toca bateria em bares e festas. Adora miúdas bonitas, mas a sua falta de delicadeza e jeito na arte da sedução, fazem com que ande sempre solteiro. É o mais distraído e relaxado dos três amigos. Costuma enrolar-se em situações cómicas, involuntariamente, mas acaba por sair quase sempre por cima. Com a entrada na D. Sebastião, Leo vai perceber que pode aprofundar ainda mais o seu talento musical. Mas para isso vai ter de contrariar a sua natureza selvagem e submeter-se a horários e regras. Será ele capaz?
Flash
Estuda no 12º ano. Ainda não sabe o que quer, mas é tão descontraído que a verdadeira razão de ter ido para a D. Sebastião foi por ser a opção do amigo, de quem é inseparável. Nunca sentiu verdadeiramente a falta do pai e vê na mãe uma heroína. Dá-se mal com o irmão, mas evita entrar em conflitos com ele, para não se chatear. No entanto, quando Bruno entra em conflito com a mãe, Flash não hesita em confrontá-lo e enfrentá-lo. Sempre viveu no bairro e está farto dos problemas da sua zona, gostava de levar a sua mãe para uma zona melhor. Não é bom aluno, no entanto tem algum talento em teatro. O seu estilo de vida é muito semelhante ao de Rui, mas menos criativo e mais calão que o amigo. No entanto, tudo o que Rui lhe pede, tanto na vida como na banda, Flash faz sem hesitar. A família é importante para ele, mas os constantes conflitos com o irmão fazem-no por vezes evitar ir para casa, refugiando-se na sua amizade com Rui e na banda.
Inês
É Licenciada em História, mas depois do seu casamento com Teodoro, nunca precisou propriamente de trabalhar e como tal nunca chegou a exercer a sua profissão. No entanto, farta de ser apenas doméstica, dedicou-se ao design de jóias. Tem um pequeno atelier em casa, onde se dedica à criação das suas jóias. Proveniente de uma família de classe média, também conservadora, foi com algum esforço que conseguiu completar os estudos. Foi a sua união com Teodoro que a catapultou para uma classe muito alta e que a fez mudar totalmente de estilo de vida. Não tem vergonha de ser oriunda de uma família mais humilde, mas também não gosta de falar do seu passado e das dificuldades por que passou. É uma ¿nova-rica¿, mas não é por isso que é uma mulher fútil e vazia. Adora jóias, mas especialmente as de estilo único, como as que desenha. Dedica-se a causas humanitárias e vai frequentemente a jantares de beneficência.
Alda
Já reformada, Alda é uma idosa mais “alternativa” e radical do que é habitual. Foi cozinheira num restaurante até à reforma. Desde que os seus filhos foram viver para fora, Alda é mãe e pai dos seus netos, João Pedro e Filipe, vive para eles e para os animar. Estuda na universidade da 3ª idade, pratica Tai-chi, Yoga e Pára-Quedismo. Ficou viúva há alguns anos e decidiu cumprir ao máximo o último pedido que o seu marido lhe fez: “vive cada dia como se fosse o último”. Desde então, Alda não tem limites e dedica-se a tudo aquilo que lhe apetece fazer, desde simples passeios com os netos a actividades mais radicais que não são tão comuns para uma pessoa da sua idade. Alda não se importa com o que os outros pensam, desde que se divirta e que veja os seus netos felizes. Adora andar de jipe e de vespa e acelerar um pouco mais nas rectas. Gosta de sentir adrenalina, diz que “a faz sentir viva” e vai dedicar-se a tudo o que lhe dê essa sensação.
Ângela
Ângela Trindade (Sofia Duarte Silva)
Licenciou-se em História de artes/Estudos artísticos mas o seu sonho sempre foi seguir uma carreira musical. Adora tudo o que se relaciona com música e dança. Foi educada numa família conservadora que a impediu de seguir o seu grande sonho. Como tal, escolheu um curso relacionado com Arte, a sua grande paixão. O facto de ter reprimido o seu talento, faz com que seja uma mulher frustrada e azeda para com os que a rodeiam, usando muitas vezes o sarcasmo e a intolerância para com os seus alunos. Invejosa em relação aos alunos e a todos os artistas de sucesso, não se coíbe de usar métodos menos próprios para impedir os seus alunos de atingirem o sucesso. Leccionar na D. Sebastião é ao mesmo tempo um sonho e um pesadelo. Sonho porque pode falar do que realmente gosta mas um pesadelo porque lida com jovens artistas que estão a caminho de ser o que ela sempre desejou ser.
Almerinda
Tem o segundo ciclo e faz bolos e salgados para vender para fora. Nasceu e cresceu numa família de classe baixa e sempre viveu no bairro social. Casou muito nova e teve cedo o primeiro filho. O marido sempre foi a principal fonte de sustento da família, até ao dia em que emigrou e nunca mais voltou. Foi com grande desgosto que Almerinda, anos mais tarde, recebeu uma carta do marido a dizer que não voltaria e que ela seguisse com a sua vida. Passado o desespero e a angústia, Almerinda pôs mãos à obra e fez de tudo para sustentar os filhos menores. Desde limpezas, a trabalhos de costura, Almerinda esforçou-se para que nada faltasse aos filhos, mas nem com a maioridade do filho mais velho as coisas melhoraram. Almerinda continua a trabalhar no duro e hoje faz comida para fora. A sua segunda grande decepção, depois do marido, é Bruno, o filho mais velho, não quis estudar e não se lhe conhece uma profissão. Almerinda é uma mulher sofrida e sozinha. Tem em Carmo a sua melhor amiga e confidente e depois do marido, nunca mais teve outro homem.
Alzira
É costureira em Carrazeda de Cima. De família humilde, Alzira teve de abandonar cedo os estudos para ajudar os pais. O sonho de tirar um curso e frequentar a Universidade ficou pelo caminho. Casou nova com Josip Zevic (um refugiado Croata que veio para Portugal a fugir da guerra) e ficou logo grávida de Paula o que fez com que mal tivessem tempo de organizar a vida para terem mais condições para a criar. No entanto, Alzira é uma mulher lutadora e corajosa e faz o que for preciso para dar todas as condições a Paula para ter a vida que ela sempre sonhou ter. Trabalha de manhã à noite e por isso é raro ter tempos livres. Sempre admirou o talento da filha para cantar e por isso inscreveu-a ainda em pequena na Academia de Música de Carrazeda de Cima. Religiosa, apoia-se muitas vezes nas suas rezas para pedir iluminação no caminho da filha. No entanto, com hábitos pouco típicos de cidade, vai envergonhá-la algumas vezes no seu percurso pela capital. Mas não o faz por mal, Alzira só não está habituada à vida da grande cidade. Adora conversar e tem sempre assunto para todas as ocasiões, não se apercebendo que é muitas vezes inconveniente e chata.
Ana
André
Entra para o 12º ano da Escola D. Sebastião e quer ser bailarino.
É bonito e tem tiques um pouco efeminados. Veste-se de forma exuberante e preocupa-se muito com a sua aparência. Vive com a mãe que o apoia no seu gosto pela dança e que o incentiva a conquistar o estrelato. Sempre viveu fora de Lisboa, pelo que tem de arrendar um quarto para poder estudar. Adora dançar e é especialista em vários tipos de dança a pares ou individual. Não tem medo de improvisar, quando dança consegue sempre surpreender. Adora sair à noite e dançar até de madrugada com os amigos. André é sociável e simpático mas os seus maneirismos histéricos e por vezes efeminados, fazem com que quase todos pensem que ele é gay. Descomplexado e exuberante, André vai ter de lidar algumas vezes com o preconceito das pessoas.
Bruno
Tem o 9º ano. Não tem profissão definida. O facto de ter sido abandonado pelo pai muito cedo deixou-o revoltado com o mundo. Bruno usa esta frustração do passado para justificar o seu comportamento hostil. Não gosta de trabalhar, prefere ganhar dinheiro de forma fácil. Quando não tem esquemas não se coíbe de coagir familiares, amigos e vizinhos a darem-lhe dinheiro, nem que seja à força. Bruno usa todo o tipo de truques para conseguir dinheiro. Devido ao seu comportamento de má índole e falta de respeito e consideração pelas pessoas, Bruno não é bem visto pelos moradores do bairro. Alguns temem-no, outros enfrentam-no, como é o caso de Rui. Mas Bruno tem muita auto-confiança e não tem medo de ninguém. Também não tem uma boa relação com a mãe nem com o irmão.
Carmo
É uma pessoa simples e humilde. Vem de uma família com poucos recursos financeiros e baixo nível de cultura. Começou a trabalhar na frutaria/mercearia do pai, da qual hoje é a responsável. Casou muito nova com o seu primeiro namorado. Exige pouco da vida, acha que não tem direito a mais porque está bem assim. Adora os filhos e acha que tem um bom marido. Por vezes é um pouco ingénua porque acredita facilmente nas pessoas mas é inteligente. O que quer acima de tudo é a felicidade e sucesso dos filhos.
Carolina
Frequenta o 6ºano dum colégio de freiras. Tem de usar o uniforme da escola mas quando chega a casa veste logo outra roupa. A sua educação é muito conservadora, quando sai para se divertir com as amigas, o pai não a deixa chegar a casa depois duma determinada hora. Carolina estuda música, Inglês e também pratica desporto, o que faz com que os seus dias sejam muito preenchidos e com uma rotina que os pais conhecem e controlam. No entanto, Carolina é um ás a ciências e matemática e adora animais. Lê muito sobre animais e vê documentários na televisão sobre diferentes espécies. Dá-se bem com Margarida e adora ouvi-la cantar. Incentiva a irmã a continuar a cantar mesmo que os pais não liguem a essa sua qualidade.
Clara
Frequenta o 11º ano da D. Sebastião. Tem paixão pelo teatro e quer ser actriz.
Dá-se mal com o pai que nunca está em casa e quando está implica com ela. É a comida que não tem sal, é o decote que é grande, é a representação que só serve para dar nas vistas, etc. Clara odeia estas críticas porque acha-as profundamente infundadas. Para Clara, o pai só sabe criticar, não sabe instruir. Por outro lado, Clara é muito amiga da mãe, mas não gosta de estar na mercearia, prefere ajudá-la em casa. Dá-se muito bem com os irmãos, admira Rui e adora Rosa. Para além de prática, activa, interessada e interessante, Clara também é bastante persistente nas suas convicções.
Célia
É a professora de Técnicas de Dramaturgia/Representação da Escola D. Sebastião. Estudou Teatro numa escola prestigiada de Londres. Chegou a fazer pequenas participações em filmes com alguns actores internacionalmente conhecidos, mas devido à forte concorrência no meio acabou por desistir da fama e decidiu dedicar-se ao ensino. Adora tudo o que se relaciona com artes, em especial o mundo da representação. Devido ao seu percurso, é uma professora extremamente exigente para com os alunos, abusando por vezes dessa faceta, o que faz com que as suas aulas sejam das mais “temidas” da escola.
Filipe
Entra no 10º ano da Escola D. Sebastião e quer ser bailarino. Vive com a Avó Alda e com o irmão João Pedro. Quando os pais se separaram, Filipe, tal como o irmão João Pedro escolheu viver com a avó Alda. Os pais sempre lhe deram tudo, menos a atenção devida e por isso Filipe apegou-se mais à avó do que aos próprios pais. Tem pena que estes não o visitem mais vezes, mas já está habituado. A avó Alda sempre o incentivou às actividades mais radicais e muitas vezes até o acompanha em passeios de bicicleta por caminhos mais complicados da cidade. Adora dançar com o seu grupo de amigos e quer fazer disso a sua vida. É sociável e mais meigo e simpático do que o irmão. Ao contrário deste, acredita nas relações amorosas e sonha encontrar a rapariga dos seus sonhos. É muito protector e defensor de Alda e está sempre preocupado com a avó.
Fábio
Oriundo duma família de classe média, Fábio sempre se identificou com os heróis dos filmes que viu na televisão e sonha ser actor e tão admirado quanto o seu ídolo, Tom Cruise. Convencido e fanfarrão, Fábio gosta de chamar a atenção e de se gabar do seu talento e de várias histórias do seu passado. Isto faz com que a maior parte dos alunos o olhem de lado e o achem demasiado convencido. Fábio acha que tem muito talento e que pode ter bastante sucesso a fazer filmes. Esconde a vergonha que sente por não ter namorada. Sente-se orgulhoso por ter entrado para a Escola D. Sebastião, mas como é muito conservador em relação a alguns assuntos, não alinha na maior parte das brincadeiras e esquemas dos seus colegas.
Félix
Terminou o Conservatório com distinção, em formação Musical e é professor de canto e música. Vai organizar ateliês de instrumentos na escola. Vem de uma família de formação clássica e musical. No passado, a sua noiva (cantora lírica) acabou o namoro, alegando que se queria dedicar à música a 100%. Mais tarde, Félix sofre o desgosto da sua vida ao chegar a uma missa onde iria tocar e deparar-se com a sua ex-namorada, que era a noiva! Desde aí Félix nunca mais confiou no amor. Adora tudo o que se relaciona com música e é muito culto em termos musicais. Frequenta todos os concertos, que para ele são uma prioridade. Muitas vezes chega ao fim do mês sem dinheiro por causa disso. É um homem correcto, simples, despreocupado e desorganizado. Ele vê-se como um homem feliz e realizado, não assume que tem mágoas do passado. Os outros vêem-no quase como um bicho-do-mato, um homem simpático para todos mas que no fundo é um solitário, um lírico que vive noutro mundo. Os alunos não o compreendem, acham que ele é “fora”, apesar de “até ser fixe”.
Isabel
Frequenta o 12º ano e pretende seguir dança. Dedica muito do seu tempo a treinar e gosta de pedir conselhos a Zé Milho na esperança de se poder superar dia após dia. Frequentou sempre aulas de dança fora da escola regular. O seu pai é engenheiro civil e a mãe é bancária. Concorreu a várias competições de dança, foi sempre finalista mas nunca conseguiu ganhar. O facto de Zé Milho ser professor na D. Sebastião aliciou-a, pois é sua fã desde a altura dos D’zrt. Isabel é amiga de Rute e de Rita. Esta última, aproveitar-se-á do seu talento para a dança de modo a absorver tudo o que esta lhe puder ensinar. Devido à pena que sente de Rita, por vezes Isabel deixa-se manipular, não por ingenuidade mas por sensibilidade.
Ivo
Para além da D. Sebastião, Ivo frequenta também uma das Escola de Futebol do SL Benfica e quer ser craque de futebol. Os pais são de uma classe média-baixa. A mãe é administrativa e o pai é bancário. Ivo é o filho mais novo de três irmãos. O irmão mais velho estuda engenharia civil na universidade e o irmão do meio está numa escola profissional de mecânica. Ivo é o mais mimado dos três e os pais gostam de lhe fazer todas as vontades. Vive para o futebol e sabe tudo sobre os craques que admira. Nos tempos livres, gosta de ir para o campo fazer uns remates. O seu maior orgulho seria jogar pela selecção nacional. Dá-se bem com toda a gente, mas não tem muitos amigos para jogarem futebol com ele. É boa onda e muito activo. Gosta de comer coisas saudáveis e queima diariamente a dose certa de calorias. Gosta de falar de si próprio na 3ª pessoa, como fazem alguns jogadores.
Jorge
Tem o 12º ano e um emprego de sonho, pelo menos, para ele. Trabalha numa loja de CD`s e DVD`s e, principalmente discos (Vinyl) em segunda mão. Jorge é um aficionado de música dos anos 50,60, e 70. Considera que a música feita nas seguintes décadas é de consumo “fast food”. Pelo facto de trabalhar na loja, tem o sítio perfeito para expor todo o seu conhecimento e cultura musical, e “criticar” todos os outros. É um profundo conhecedor de música, mas domina os géneros que considera válidos. Sobre esta matéria é capaz de falar de tudo. Cresceu num ambiente familiar caótico, por isso isolou-se e criou um universo só seu, onde a música dita as regras e o ritmo da sua vida. Na loja, por vezes, recusa-se a vender porque considera que o cliente não vai apreciar o produto devidamente.
João
Linda
Licenciada em Filosofia, é a directora da D. Sebastião. Andou num colégio interno onde era muito reprimida. Foi colocada no Ministério da Educação num cargo administrativo e agora foi destacada contra a sua vontade, para o cargo de directora da D. Sebastião. Sente que é desprestigiante e está frustrada por ter de voltar a lidar com jovens e crianças. É casada mas não tem filhos porque não gosta de crianças. Adora revistas cor-de-rosa e de fofoca. O seu actual projecto é alcançar os melhores resultados na escola, não por altruísmo e brio profissional, mas para poder voltar ao Ministério da Educação. É egoísta e, acima de tudo, calculista e cínica. Os alunos odeiam-na.
Lúcia
Tem um estilo “dread” e adora hip hop. Os pais são desligados, nunca a chatearam com regras, é por isso uma rapariga descontraída, o que se reflecte na sua atitude e comportamento. Tem um irmão mais novo sob o qual tem um ascendente grande. Todos acham graça à sua espontaneidade. Ela própria sabe que tem graça por isso mesmo. É amiga de Ana e Clara, mas completamente diferente delas. Lúcia é uma “porreira” que não tem conflitos com ninguém. Para ela está sempre tudo bem, desdramatiza os problemas, é prática e pragmática. O seu objectivo maior é, sobretudo, divertir-se. Aproveitar ao máximo as aulas de dança para aperfeiçoar aquilo que mais gosta de fazer. Tem consciência que a adolescência só se vive uma vez e quer aproveitá-la ao máximo.
Manuel
Sempre foi mulherengo, mas não assumido. Como casou cedo, não teve muitas namoradas, daí ter-se tornado mulherengo, quer desforrar-se. Trabalha numa fábrica de pneus. É trabalhador, mas não trabalha tanto quanto a mulher e os filhos pensam. Carmo dá-lhe semanalmente o pouco lucro que tira da loja para ele depositar na poupança da família, gerida por ele, mas Manuel gasta tudo com as amantes. Tem noção que não devia, mas não se controla. Todos o vêem como um “pobre diabo”, farta-se de trabalhar e continua com um regime de vida modesto. Enerva-se com facilidade, fruto da consciência pesada que o consome, e os outros pensam que tem a ver com o cansaço, pelo que lhe perdoam tudo.
Mariana
Entrou para o 11º ano da D. Sebastião. Cresceu no seio de uma família de classe muito alta mas nunca se identificou com esse estilo de vida e por isso quando era mais nova fugiu de casa com um namorado. Juntaram-se à comunidade punk e viajaram por toda a Europa. Mariana ganhava dinheiro a fazer malabarismo na rua. Depois de passar um ano a viver assim, decidiu regressar e continuar os estudos. Quer aprofundar os seus conhecimentos de música e ser uma grande guitarrista. Para conseguir voltar à vida de estudante, Mariana trabalhou em cafés e discotecas juntando assim algum dinheiro, que lhe permite comprar material escolar e pagar o quarto a Papoila. É muito simpática e sociável, embora vista pelos outros como “alucinada” devido aos hábitos que adquiriu a viver na rua. Mariana não tem tabus nem limites, quer aproveitar a vida ao máximo.
Nicole
Nicole é a gerente da loja Fóssil. Tem o 12º ano e nunca conseguiu entrar na faculdade, apesar das várias tentativas que fez. Acabou por tirar o curso técnico de “relações empresariais”. Por não ter muita segurança financeira e por preguiça, vive ainda com os pais, coisa que omite nas suas conversas. Nicole é uma pessoa fútil que gosta de aparentar uma sofisticação que não tem. É convencida e vive acima das suas possibilidades. Conseguiu o emprego que tem a pulso, não por demonstrar especial talento na venda a retalho em lojas, mas sim porque sabe bem seduzir as pessoas que lhe interessam. No trabalho é uma pessoa preguiçosa e pouco responsável que adora ter uma subalterna. Tem poucos escrúpulos, é manipuladora mas pouco inteligente.
Papoila
Terminou o curso de Audiovisuais na área de Som. É DJ residente da “Garagem”. Oriunda de uma família de classe média. Papoila sempre mostrou interesse pelo audiovisual desde muito nova e a sua família apoiou-a durante o seu percurso académico. Papoila sempre quis ser independente e mesmo enquanto estudava, arranjava biscates para não depender financeiramente dos seus pais. Teve algumas desilusões amorosas o que a marcou e a fez ser mais céptica em relação a namoros. Adora tudo o que se relaciona com música e cinema. Arrendou um apartamento e vai subarrendar a alunos da D. Sebastião. É simpática, amiga, e boa companheira. Está sempre rodeada de amigos e é frequente ajudá-los quando têm problemas. Sabe que o seu charme provém do seu interior e não da sua aparência, sabendo usar isso como ninguém.
paula
Quer ser cantora e pretende estudar Teatro musical na Escola D. Sebastião. Oriunda duma família de classe baixa, Paula não é uma portuguesa típica, ao ouvi-la falar podemos detectar uma réstia de sotaque. É que o seu pai é Croata e foi na Croácia que Paula aprendeu a falar. Por questões de integração e a conselho do próprio pai, Paula quer ser conhecida só como Paula Macedo, sem o apelido Zevic. Adora tudo o que se relaciona com música e dança. Na sua vila a vida é pacata e todos se conhecem mas Paula sente-se fascinada por um estilo de vida que só vê nos filmes e acredita que é em Lisboa que vai viver novas experiências. Para ela, as pessoas e o estilo da D. Sebastião vão ser um sonho tornado realidade. Está decidida a não mais voltar à “terrinha”. Ao chegar à D. Sebastião sente-se imediatamente identificada com as pessoas, mas por falta de experiência não vai conseguir integrar-se logo. É muito tímida e não quer que a vejam como apenas uma “saloia da terrinha”. Ao contrário da sua mãe, acha que está mais do que preparada para a vida na capital mas a sua ingenuidade vai provar o contrário. Quanto mais Paula se solta mais vulnerável se torna a influências menos positivas.
Ricardo
É Licenciado em Matemática e lecciona Matemática na Escola D. Sebastião. Cresceu no seio de uma família de classe média alta. Sempre teve tudo o que quis, menos aceitação por parte de colegas e amigos, devido à sua aparência quando era adolescente. Foi crescendo isolado de tudo e todos e refugiava-se em jogos de computador e livros. Mais tarde a internet (os jogos online) tornaram-se o seu vício e a sua única vida para além da profissão. Teve um grande amor por uma colega de faculdade, mas desde então nunca mais teve nenhuma relação séria. Dorme cerca de três horas por dia, o que começa a prejudicar cada vez mais a sua vida profissional. Apenas o gosto que tem por ensinar faz com que mantenha a força suficiente para continuar a dar aulas, visto que tem algum dinheiro de família e não precisa propriamente do trabalho para sobreviver. É uma pessoa afável e é visto por grande parte dos alunos como um irmão mais velho, sempre com um bom conselho para dar. Como tem uma vida privada quase vazia, tem dificuldades em aproximar-se das mulheres . O vício da Internet fez com que Ricardo perdesse quase todos os seus amigos, que se foram afastando progressivamente. Os alunos da D. Sebastião acabam por ser os seus únicos amigos.
Rita
Rosa
Rute
Simara
Simara Santos (Sara Santos)
Teodoro
Zé milho
Terminou o 12º ano e foi para Londres e Nova Iorque fazer cursos de Hip Hop e outras modalidades de dança (nomeadamente contemporânea). Actualmente é professor de dança. Vem de uma família de classe média-baixa e sempre gostou de música. O pai, empregado de mesa num hotel da linha e a mãe, funcionária numa agência de viagens, esforçaram-se por lhe dar tudo o que ele precisava. Zé Milho também nunca pediu muito. Para ele, desde que o deixem tocar está tudo bem¿ A banda D`ZRT acabou e Zé Milho continuou a sua carreira a solo enquanto dançarino/bailarino. A dança continua a ser a sua grande prioridade de vida. É muito “boa onda” para toda a gente. Todos gostam dele talvez porque apesar dos seus inúmeros talentos (dança, música…), é um homem humilde. Preocupa-se com os outros e acredita que só através do trabalho é que se alcançam bons resultados. Incentiva os alunos a seguirem os seus sonhos. É um elemento apaziguador. Sempre que surgem conflitos quer entre os alunos, quer na sala de professores, Zé Milho concilia as hostes.